Cirurgias em Pacientes sob Uso de AAS: Cautelas e Considerações

Desvende os desafios em cirurgias com pacientes usando AAS. Conheça estratégias, riscos e a importância da avaliação pré-operatória.
Pacientes sob uso de AAS (ácido acetilsalicílico), submetidos a procedimentos cirúrgicos, demandam atenção especial devido às complexidades envolvidas. Seja pela necessidade do AAS por condições cardiovasculares, seja pelos riscos do ato cirúrgico, a avaliação pré-operatória torna-se crucial. 

O Que é o AAS:

O AAS, ou aspirina, é um anti-inflamatório não esteroide (AINE) amplamente utilizado. Além de suas propriedades analgésicas e anti-inflamatórias, destaca-se por sua ação antiagregante plaquetária, sendo fundamental em condições cardiovasculares como aterosclerose e prevenção de eventos trombóticos. 

Indicações Clínicas:

As indicações para o uso de AAS abrangem desde doenças cardiovasculares até a prevenção primária e secundária de eventos trombóticos. Sua relevância é inegável, mas implica desafios em procedimentos cirúrgicos, especialmente no que tange ao risco de sangramento transoperatório. 

Riscos Cirúrgicos:

O ato cirúrgico em pacientes que usam AAS não é isento de riscos. O sangramento aumentado é uma preocupação, e estratégias precisas para lidar com esse desafio são essenciais. A avaliação minuciosa do perfil de sangramento e o planejamento cirúrgico são imperativos. 

Riscos Anestésicos:

Particularmente em anestesias raquidianas e peridurais, o AAS apresenta implicações adicionais. A interação entre o medicamento e os componentes da anestesia demanda uma abordagem cuidadosa para evitar complicações. A avaliação anestésica prévia é fundamental nesses cenários. 

Custo-Benefício da Suspensão Prévia:

A decisão de suspender o AAS antes da cirurgia deve ser ponderada. Avaliar o equilíbrio entre o risco cardiovascular associado à suspensão e o risco de sangramento é um desafio. Estratégias individualizadas, considerando a natureza da cirurgia e o estado clínico do paciente, são cruciais. 

A Importância da Avaliação Pré-Operatória:

Diante dos desafios, a avaliação pré-operatória ganha destaque. Compreender o paciente em sua totalidade, considerando o contexto clínico, é a base para decisões informadas. A integração entre cirurgião, anestesiologista e cardiologista é essencial nesse processo. 

Conclusão:

Em cirurgias envolvendo pacientes sob uso de AAS, a prevenção de complicações demanda uma abordagem multidisciplinar. A avaliação detalhada, a compreensão das indicações do AAS e a personalização do plano terapêutico são essenciais para garantir a segurança e eficácia do procedimento. Em última análise, a ciência e a colaboração entre especialidades orientam o caminho para intervenções bem-sucedidas.

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2 Replies to “Cirurgias em Pacientes sob Uso de AAS: Cautelas e Considerações”

  1. Meu esposo de 78 anos vai fazer cirurgia da retirada de um tumor na bixiga.Ele toma aass, já fez ponte de safena, mas não chegou enfartar.Precisa suspender o aass?

    1. Olá Darci, obrigado por sua pergunta.
      Esta resposta depende de algumas considerações:
      Primeiro: qual o estado de saúde atual? E qual o tamanho da cirurgia porposta? Pois a partir destas 2 respostas, deve-se decidir por qual tipo de anestesia será utilizada. Além disto, é importante saber qual a técnica cirúrgica será escolhida. Pois para algumas técnicas, o sangramento pode ser mais importante ou não.
      Se pudesse resumir, sem conhecer os fatos sobre seu esposo, diria que, se optarem por uma raquianestesia, a suspensão do AAS será melhor alternativa. Se for com anestesia geral, dependerá então da escolha da técnica cirúrgica. Se for uma cirurgia de grande risco de sangramento, a suspensão volta a ser indicada.
      Agora, é de considerar que, neste momento, pelo que entendi, ele utiliza o AAS como uma profilaxia, já que não houve um evento cardíaco, como um infarto.
      O benefício da proteção cardíaca com o uso do AAS ou de alguma outra medicação que pode ser utilizada para substituir, é relevante.
      Sendo assim, o mais indicado é conversar com o médico anestesista antes da cirurgia, para que se possa, junto com exames, entender melhor a situação atual, e qual a melhor estratégia. Seja suspendendo a medicação, mantendo ou substituindo por outra medicação.
      Este manejo é importante para garantir, não apenas o sucesso cirúrgico, mas também a segurança dele.
      Espero ter ajudado a esclarecer um pouco o assunto.
      Me coloco à disposição para conversarmos e avaliarmos adequadamente quais as melhores estratégias para ele. Meu e-mail: contato@ivanvargas.com.br
      De qualquer forma desejo sucesso na cirurgia!
      E depois conta pra gente como foi]1

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